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Conversamos sobre o papel da criptografia na proteção dos direitos reprodutivos das pessoas com útero no Workshop realizado pela AC-LAC

A Aliança para Criptografia na América Latina e Cariribe, AC-LAC, junto com Cultivando Género, Electronic Frontier Foundation - EFF; Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife, IP.rec e o movimento Mujeres Vivas y Libres, realizaram um Workshop, liderado por especialistas da região e assistido por um público multissetorial, onde foi abordada a questão da criptografia como promotora dos direitos reprodutivos e protetora da privacidade e dos dados pessoais dos usuários na Internet.

Este Workshop, que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 22 de setembro, foi idealizado e proposto por um dos 7 grupos de trabalho que atuam internamente na Aliança, que tem como foco a interação da criptografia com minorias e grupos de risco.

 

A Criptografia como garantia de proteção dos direitos sexuais e reprodutivos

 

O painel foi composto por 3 especialistas e ativistas da região: Paula Avila Guillen (WECVivas y Libres) que falou sobre o contexto geral do aborto na região ; Carlos Wertheman (EFF), referiu-se à criptografia e sua importância; e Raquel Saraiva (IP.rec) que abordou questões de criptografia, aborto, aplicativo de gestão menstrual. O painel foi moderado por  Angie Contreras (Cultivando Género).

Paula Avila Guillen, falou sobre a situação do aborto nos países da América Latina, fazendo um mapeamento bem claro: são 5 países que descriminalizaram o aborto: Cuba, Uruguai, Argentina, México (em caso de estupro, em 7 estados e por interpretação judicial), Colômbia.

Carlos Wertheman,falou sobre os aspectos técnicos da criptografia e como essa ferramenta se relaciona com nossos direitos reprodutivos e privacidade. Ele também forneceu algumas dicas sobre autodefesa contra vigilância

Raquel Saraiva aborda o assunto falando sobre porque devemos proteger nossa privacidade e dados pessoais, mencionando alguns casos específicos para exemplificar.

Por fim, Angie Contreras, destacou a importância do modelo multissetorial para a construção da Cidadania Digital, onde entra esse tema de Direitos reprodutivos, pois trata-se de fazer valer nossos direitos em geral conversando e trocando ideias.

RECURSOS:

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